“Verifica-se um risco considerável de a ponte ruir, atendendo a que o estado de degradação dos pilares é evolutivo”, lê-se num despacho publicado na última sexta-feira em Diário da República.
No entanto, o Ministério da Economia e do Emprego, que tutela as Obras Públicas, garantiu à Agência Lusa que esse risco não existe. Fonte da Tutela assegurou que a ponte “não está em risco de colapsar”. Mas apesar de “não haver indícios de colapso iminente, há sinais que impõem que se faça uma ponte nova”.
A reabilitação da ponte existente “é inviável”, uma vez que as fundações de todos os pilares estão em “situação de degradação evolutiva”, segundo um estudo técnico sobre o estado de conservação da estrutura, realizado pelo LNEC (Laboratório Nacional de Engenharia Civil). A solução passa, então, pelo encerramento da ponte e pela construção de uma nova, com “carácter de urgência”.
Por isso, naquele despacho, o secretário de Estado do Ambiente e do Ordenamento do Território, Pedro Afonso de Paulo, aceitou um pedido de dispensa de Avaliação de Impacto Ambiental (AIA), feito pela empresa Estradas de Portugal, relativo à construção da nova ponte sobre a foz do rio Dão.
O estudo do LNEC considera a evolução da degradação dos pilares da ponte “uma circunstância certa, o que, por si só, justifica a dispensa solicitada”, adianta o despacho. “O pedido de dispensa em causa justifica-se pela imprevisibilidade da degradação detectada nos pilares que, sendo de tal forma relevante, determina que o licenciamento do projecto da nova ponte a executar não possa aguardar pela tramitação inerente ao procedimento de AIA”, acrescenta. O documento classifica o problema como “emergência civil”.
A nova ponte deverá ser instalada ao lado da ponte existente.
Fonte: Público.
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